quarta-feira, 14 de março de 2007

Pesquisa aponta avanço de estradas ilegais na Amazônia

MANAUS - Imagens de satélite analisadas pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon, mostram que há 173 mil quilômetros de estradas abertas ilegalmente em terras públicas na Amazônia.O estudo mostra que a cada ano surgem cerca de 1,9 mil quilômetros de novas estradas de chão batido, abertas na mata por meio de moto-serras, tratores do tipo patrol ou tratores de esteira com correntes estendidas e que estas estradas clandestinas trazem a extinção da floresta e concentram o desmatamento. Nove em cada 10 quilômetros da malha rodoviária ilegal estão no Mato Grosso, Rondônia e Pará. No raio de 5 quilômetros das pistas ilegais estão 80% da destruição da Amazônia.A estrada serve primeiro para retirar madeira nobre, em seguida vem a ocupação da terra pública por meio de grilagem. Por fim, o uso da terra para a pecuária extensiva ou para a exploração agrícola em monocultura. A pesquisa do Imazon verificou ainda que as estradas ilegais cortam inclusive áreas protegidas, como a Estação Ecológica da Terra do Meio, a Terra Indígena do Baú ou mesmo área militar do Caximbo, ambas no Pará, e formam caminhos vicinais às estradas regulares como a BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA) e está em processo de licenciamento ambiental no Ibama para a pavimentação.Para que a rodovia asfaltada não venha a aumentar a destruição, o governo federal e a sociedade civil formaram grupos de trabalhos que planejaram medidas mitigadoras da obra, entre elas a criação nos dois últimos anos de oito unidades de conservação e o estabelecimento de áreas de limitação administrativa provisória às margens BR-163 de onde não podem partir rodovias vicinais irregulares.

Fonte: Agência Amazônia/C.R

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